quarta-feira, 3 de outubro de 2007


Já trabalhou como voluntário em uma Olimpíada? Não? Então que tal ter uma oportunidade única em sua vida de conhecer bruxos de todas as partes do mundo? Seja um voluntário no 1º Jogos Olímpicos Bruxos Interescolares e ajude a associação das escolas bruxas a realizar esse evento. Participe, seja um voluntário você também!

Voluntários para as tendas médicas:
- Pierre Kouchner
- Cecile Vernet

Estava parado em frente ao quadro de avisos do St. Napoleon no fim do plantão já de mochila nas costas e lia um pergaminho bem chamativo. Então teriam olimpíadas nas escolas? Por que esses eventos só acontecem depois que a gente se forma? Cecile veio animada até mim dizer que tinha se inscrito sem nem pensar muito e que Dubois liberaria os estagiários que fossem trabalhar nelas por três semanas, tempo que durariam os jogos. Puxei uma pena do bolso sorridente e coloquei meu nome no papel. Três semanas sem ver a cara de trasgo do Dubois cairiam bem. E ainda poderia reencontrar os amigos que não vejo desde que as aulas terminaram. Perfeito.

Cecile voltou para transferir os pacientes pendentes a Pierre antes de ir embora e despedi-me dela muito cansado, porém animado. Era a primeira vez desde que comecei a trabalhar no hospital que estava saindo antes de escurecer, o que significava que poderia buscar Marie no trabalho e depois sairmos para comer alguma coisa. Não estava com disposição de andar, tampouco aparatar, então peguei o metro trouxa. Estava quase cochilando quando ouvi um grupo de turistas exclamar que haviam chegado ao Louvre e levantei assustado, descendo atrás deles.

Não vi sinal dela quando cheguei, então sentei em um dos bancos do saguão de entrada para esperá-la. Estava distraído olhando uma escultura do meu lado quando minha visão foi obstruída por uma massa de cabelos loiros e minha bochecha foi apertada com força, recebendo um beijo em seguida.

- LUKE! – Mad apertava minhas bochechas de novo – Quanto tempo! Estava com saudades já!
- Oi Maddie – a abracei com força a erguendo do chão um pouco e apertei suas bochechas também quando a soltei – Como está indo no trabalho? Já enlouqueceu?
- Que nada, estou adorando! Nunca achei que fosse gostar tanto de trabalhar em um museu. Mas estamos falando do Louvre, não um museu qualquer!
- Uau, que evolução! – falei rindo – Gabriel fez um excelente trabalho!
- Ah cale a boca – ela me deu língua, mas riu em seguida – E você? Como está indo no St. Napoleon?
- Estou um caco, é muito cansativo, mas estou adorando também. Tem horas que dá vontade de empurrar o paciente pro lado e deitar na cama com eles pra cochilar um pouco – ela riu
- Precisamos marcar com a turma de tomar nem que seja um café por cinco minutos, não vejo mais ninguém! Está tudo tão corrido, com o trabalho aqui e a faculdade, que só vejo a Marie. Não agüento mais olhar pra cara dela! – disse rindo
- Eu ouvi isso! – Marie apareceu no saguão com a mão na cintura, mas rindo – Mas tudo bem, também não agüento mais ver você todo dia. Olá, olha quem saiu para ver a luz do dia – ela sentou do meu lado me abraçando e me beijando
- Por favor, olha o respeito, eu estou aqui do lado! – Mad brincou
- Ignora ela, amor – botei a mão na cara dela empurrando pro lado – Quer sair pra comer alguma coisa?
- Proposta tentadora, acho que vou aceitar!
- Obrigada, não estou com fome, fica pra próxima – Mad falou fazendo cara de cínica
- Pode ir conosco, Mad – falei fazendo uma cara solene e ela riu – Sua companhia é sempre agradável
- Que fofo que você é – ela tornou a apertar minha bochecha – Mas não tenho cara de castiçal, vou pra casa dormir e aproveitar que amanhã cedo não temos aula
- Ian, ficou sabendo que vão ter olimpíadas em Beauxbatons? – Marie mudou de assunto – Mad e eu estamos pensando em nos inscrevermos para voluntárias
- Fiquei sabendo hoje! – falei animado – E já coloquei meu nome como voluntário para trabalhar nas tendas médicas
- Não temos nada da nossa área para trabalhar lá, então vamos nos inscrever para qualquer coisa mesmo. Samuel mandou uma coruja pra Mad ontem e disse que foi escalado para trabalhar lá também
- Que demais! Agora mesmo que quero ir, estou sentindo falta daquele tratante. Será que os outros estão sabendo?
- Não sei, mas quando chegar em casa vou procurar saber com a Manu. As inscrições para voluntários só vão até o final dessa semana, seria legal se toda a turma fosse
- E elas começam em Durmstrang, depois vem aqui para a França e terminam em Hogwarts – Marie também estava animada
- Vamos poder conhecer as outras duas escolas – Mad falou levantando do banco e me abraçando – Foi bom rever você, Luke. Vou pra casa, bom jantar pra vocês. E juízo, crianças! – disse subindo a escada rolante
- Então, aonde quer ir?

°°°

- A cidade vista daqui é linda, não? – Marie me deu um beijo e deitou a cabeça em meu ombro

Estávamos no alto do Arco do Triunfo. Compramos sanduíches e frutas no mercado e aparatamos até lá em cima, por sugestão dela. Era seu ponto favorito na cidade, e um dos poucos lugares onde se tinha sossego: trouxas só tinham alcance até certo ponto do monumento e fechava às 17h para visitação. Era muito comum encontrar bruxos admirando a paisagem daqui do alto à noite.

- Recebi o convite do casamento do Rubens e da Nicole hoje de manhã cedo – comentei casualmente – O porteiro me entregou antes de sair
- Também recebi, encontramos o Rubens por acaso ontem e ele deu em mãos, convite para nós duas. Acredita que eles já vão se casar?
- Ah o Rubens sempre falou que ia casar com a Nicole assim que se formasse. Eles ficaram noivos logo que voltamos às aulas
- Mas mesmo assim, eles têm a nossa idade, Ian – ela sentou de frente pra mim – Acho que nunca passou pela minha cabeça casar tão cedo
- Quer dizer que se eu pedisse você em casamento agora você diria não? – falei bem sério, me segurando para não sorrir. Ela congelou
- Não, não que eu fosse dizer não, mas é muito cedo – gaguejou um pouco e prendi o riso – Mas se você fizesse uma loucura dessa – disse elevando a voz para dar ênfase ao “loucura” – eu pediria para esperar ao menos mais dois anos
- Mas você diria sim, mesmo pedindo para esperar dois anos? – insisti, já desistindo de ficar sério e sorrindo. Marie ficou me encarando um tempo, e balançou a cabeça sorrindo
- Sim, eu diria sim – disse enfim

Sorri e puxei-a para cima de mim a beijando. Também não queria casar agora, só estava a provocando, mas era sempre bom saber que a resposta seria um sim...